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24/01/2017
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Indenizações comprometem cada vez menos recursos do DPVAT

A quantidade de sinistros pagos pelo seguro DPVAT caiu 33,4% em 2016. Foram 434.246 registros contra 652.349 em 2015, segundo dados compilados pela Seguradora Líder. A queda mais forte ocorreu nos pedidos de indenizações administrativos, menos…

A quantidade de sinistros pagos pelo seguro DPVAT caiu 33,4% em 2016. Foram 434.246 registros contra 652.349 em 2015, segundo dados compilados pela Seguradora Líder. A queda mais forte ocorreu nos pedidos de indenizações administrativos, menos 40,8%. Pela via judicial, o recuo foi de apenas 2,6%. Em valores, no entanto, os sinistros ocorridos apresentaram pequena queda de 1,2%, com desembolsos da ordem de R$ 3,699 bilhões, frente os R$ 3,746 bilhões do exercício anterior.

As estatísticas da Líder mostram, contudo, que do total dos gastos com sinistros ocorridos em 2016 apenas um terço (32%) foram utilizados com o pagamento administrativo de indenizações às vítimas de trânsito (R$ 1,186 bilhão). Outros 14,2% foram desembolsados pela via judicial (R$ 524,3 milhões). Ou seja, as indenizações comprometeram apenas 46,2% (R$ 1,710 bilhão) do dinheiro gasto com sinistros. Foram 20,5% a menos que os 66,7% (R$ 2,497 bilhões) dos recursos empregados para indenizar brasileiros vitimados no asfalto em 2015.

O faturamento do seguro DPVAT em 2016 chegou a R$ 8,693 bilhões, apenas 0,5% acima dos R$ 8,654 bilhões captados no exercício anterior. Tal arrecadação injetou no Fundo Nacional de Saúde R$ 3,913 bilhões no ano passado e outros R$ 434,7 milhões no Departamento Nacional do Trânsito (Denatran), somando R$ 4,347 bilhões. Com a Seguradora Líder ficaram R$ 4,346 bilhões.

Considerando a receita que ficou com a Líder, os recursos gastos com as vítimas do trânsito, na forma de indenização, representaram tão somente 39% em 2016. Em 2015, eram 57,7%. Sobre o faturamento bruto (R$ 8,693 bilhões), o dinheiro indenizado não chegou a 20%. É interessante lembrar que os valores das indenizações de morte, invalidez permanente e de despesas médico-hospitalares estão congelados há dez anos e não há nada no horizonte que aponte para uma correção monetária dessas coberturas. Os recursos provisionados (IBNR), da ordem R$ 1,243 bilhão, por sua vez, deu salto de 241,3% sobre os R$ 364,3 milhões de 2015.

Os dados da Líder mostram ainda que o giro financeiro dos recursos captados pelo DPVAT em 2016 proporcionou um ganho de R$ 28,1 milhões, 2,8% abaixo do verificado em 2015. Já o resultado operacional foi a R$ 173,3 milhões.

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