O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou alterações que devem ter reflexo nos juros cobrados pelas operadoras de cartões de crédito. A partir de agora passa a ter limites para o valor dos encargos em caso de atraso e o fim da exigência de pagamento mínimo de 15% da fatura para o cliente entrar no chamado "rotativo regular". As mudanças começam a valer em 1º de junho e foram anunciadas um ano após entrarem em vigor as novas regras para o uso do rotativo do cartão de crédito.
É sabido que o Brasil tem as taxas de juros mais altas do mundo. Muitos fatores provocam a alta de juros no país. Um desses fatores é a concentração bancária, além do custo financeiro. Para resolver o problema do custo financeiro, o Banco Central aposta no desenvolvimento das fintechs, que são pequenas empresas de tecnologia financeira. Elas oferecem juros, créditos e serviços aumentando a concorrência.
Outra forma de reduzir a taxa de juros (cheque especial e do cartão de crédito são extremamente altas, cerca de 340% na média, o rotativo do cartão) seria a existência de garantias. O Brasil tem uma alta taxa de inadimplentes.
Por que as taxas de crédito para automóveis e imobiliárias são mais baixas? Pela questão das garantias. Tanto no caso de automóveis quanto imóveis, a garantia é o bem financiado. Se falta pagamento, o banco confisca o bem que não foi pago. Ou seja, quanto mais forte a garantia, menor a taxa de juros.
No caso da concessão de crédito, um dos modos de dar garantia é o cadastro positivo que está sendo debatido no congresso há muito tempo e não caminha. O cadastro positivo faz a relação dos bons pagadores. Essa discussão vai ficar para a próxima legislatura. Assim como a reforma da previdência…