O seguro rural enfrenta o cenário mais desafiador de toda a sua história. Depois de uma perda recorde em 2021, as seguradoras lidam novamente com prejuízos significativos em 2022, com danos nas lavouras de soja e milho, carros-chefes da produção de grãos. Em 2021, as indenizações pagas aos produtores totalizaram R$ 7,1 bilhões, alta de 94% em relação a 2020, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), consolidados pela CNseg, a confederação nacional das seguradoras.
Cátia Rucco, superintendente de seguros agrícolas na Mapfre, afirma que 2022 continua sendo um ano difícil do ponto de vista climático, aumento do preço do seguro, inflação e alta do dólar, com impacto nos custos. Até agosto deste ano, as indenizações pagas já somam R$ 9,5 bilhões, alta de 131,6%. Para se ter uma ideia, esse valor é maior do que as seguradoras arrecadaram nos primeiros oito meses de 2022, de R$ 8,9 bilhões, 45,4% maior comparado ao mesmo período do ano anterior.
“Os produtores que receberam suas indenizações ficaram aliviados e buscam renovar o seguro. Os que não contrataram apólices, conscientizaram-se da importância de ter a proteção para mitigar perdas”, comenta Rucco.