Esta semana foram divulgados os dados oficiais da economia do país em 2018. O PIB (que mede a riqueza gerada na produção de bens e serviços) foi de 1,1% – exatamente o mesmo de 2017. A boa notícia é que já são 2 anos consecutivos de economia positiva, apesar do crescimento pouco expressivo. Mas muito melhor do que 2015 e 2016, quando o PIB foi negativo – o que representa encolhimento dos setores produtivos e elevado índice de desemprego.
Apesar de caminhar de forma positiva, a economia brasileira ainda atormenta os níveis de encerramento de negócios. O índice de falência das empresas brasileiras mantém a sua tendência histórica. Isso significa que, do total de CPNJs criado a cada ano, 50% ou mais não alcançarão o seu 5º. ano de vida.
Essa estatística está alarmando as autoridades do Sebrae, em todas as regiões do país.
A causa nº 1 da falência não é a concorrência, produto inadequado, economia, sociedade etc, e sim a falta de preparo para a gestão do negócio. Esses empresários que fracassam falham ao planejar a entrada no seu negócio; falham também ao planejar o desenvolvimento de cada ação que vai suportar a estrutura de funcionamento, investimentos, produto ou serviço, prospecção, vendas, atendimento ao cliente etc.
As preocupações básicas, embora possam parecer complexas, determinam a perenidade do negócio e o nível de domínio que o empresário terá para desenvolver a sua empresa. É possível aprender as competências necessárias para organizar e desenvolver uma empresa, principalmente diante da possibilidade de se contar com ajuda externa de um consultor ou um coach empresarial. Difícil é buscar o equilíbrio ideal das 3 personalidades que existem dentro de um empresário (técnico, administrador e empreendedor) e impedir que o conflito entre elas atrapalhe o desenvolvimento do negócio.
Hoje sabe-se que os “empresários de sucesso” são aqueles que são 10% técnico (expert no produto/serviço), 20% administrador (voltado para a ordem, estrutura, sincronia) e 70% empreendedor (visão, paixão, foco no mercado). Uma proporção diferente nessas personalidades pode decidir o fracasso do empresário e, por consequência, a falência do negócio. O conflito das três personalidades gera o travamento da rotina da empresa e impede o seu desenvolvimento.
O consultor e coach Michael Gerber, reconhecido especialista em micro e pequenos negócios, foi quem melhor definiu as competências que um empresário precisa ter para criar uma empresa bem-sucedida. Essas competências representam os fatores críticos que produzem a sinergia entre as personalidades de empreendedor, técnico e administrador (leia o Mito do Empreendedor, de Michael Gerber).
O dilema dos empresários é como identificar as competências essenciais que lhe faltam, quais as que existem em “excesso” e como suprir as necessidades para que o negócio se desenvolva, conquiste clientes e os mantenha satisfeitos e aptos a repetirem a compra.
Aí vai o meu conselho: busquem instrução em seminários e cursos; leiam tudo que puderem sobre administração, finanças, marketing e vendas; consultem especialistas que possam auxiliá-los na elaboração de um plano de negócio; criem a sua visão – o seu sonho para o seu negócio – e tracem metas pessoais e para a equipe.
Recorrer aos programas do Sebrae, em todas as suas regionais espalhadas pelo país, tem inspirado e ajudado milhares de empresários iniciantes a desenvolver as competências para administração de vendas, finanças, recursos humanos, serviços aos clientes, marketing, planejamento empresarial, contabilidade básica, gestão de compras e controle de estoque, programas de qualidade e uma infinidade de temas voltados para gestão empresarial.
Ninguém faz sucesso sozinho! Acredite no apoio de profissionais externos e sobretudo em uma equipe bem treinada, comprometida e motivada.