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14/07/2021
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Soluções simples, sinal de inteligência

Sempre recordo, quando falo em simplicidade, do Gerdau e da Brahma. Empresas modernas, com qualidade e tecnologia, mas que sempre buscam e exaltam o simples

Soluções simples são encantadoras. Rápidas, baratas e fáceis de usar, permitem a melhoria contínua e a melhor relação custo x benefício. Ignorantes gostam da complexidade, porque ela oculta suas incompetências e lhes empresta um ar mais “Cult”. Inteligentes buscam a simplicidade, onde a lógica e o resultado consistente prevalecem.

Uma das características dos ignorantes é a complexidade. Subdesenvolvidos adoram soluções complexas onde apenas caberiam soluções simples. Observe seus colegas e as pessoas em geral ao seu redor e você inevitavelmente verá que pessoas inteligentes apreciam soluções simples. Quanto mais simples, melhor, mais barato, mais rápido, mais fácil de implementar e mais tranquilo para usar. Quanto mais barato, rápido e fácil, mais se usa e quanto mais se usa, mais evidentes ficam as melhorias. É o princípio do Kaizen: implantar um padrão de forma rápida, simples e fácil e depois melhorar continuamente e para sempre. Por que ignorantes gostam da complexidade? Por dois motivos: soluções complicadas alongam prazos de implantação de projetos e lhes dão sobrevida na empresa, onde eles alegam que as coisas não funcionam porque falta a tal solução complexa. “Não vendo mais porque não tenho os cubos do BI”, “não atendo melhor meus clientes porque não tenho um software estilo CRM (customer relationship management)”, “não programo melhor a fábrica porque não tenho um software com algoritmos de otimização baseados em pesquisa operacional”, “não utilizo indicadores porque não tenho um sistema de gestão de indicadores com workflow” etc. As desculpas esfarrapadas para a incompetência gerencial se escondem atrás da tecnologia como escudo que oculta a fragilidade da gestão.

O segundo motivo que leva profissionais despreparados para o complexo é “a síndrome do Cult”! Você, ignorante monumental, traveste-se de intelectual e de “um ser tecnológico”, em dia com “o último grito da tecnologia”, ocultando-se atrás de quatro ou cinco verbetes em inglês ou de algumas leituras de páginas esparsas da Exame. A simplicidade, por outro lado, encanta os inteligentes. Grandes empresários sempre afirmam que suas organizações precisam continuar a ter a simplicidade da pizzaria da esquina. Obviamente simplicidade não significa ausência de tecnologia, significa apenas que toda solução precisa ter o tamanho certo. Toda solução precisa ser rápida e de fácil compreensão por todos. Mesmo que utilize tecnologia de última geração, precisa ser traduzida de forma lógica para os envolvidos. O exemplo mais contemporâneo da simplicidade que fascina a todos é a Apple. Ela fabrica produtos de alta tecnologia e que encantam a todos pela simplicidade do uso. Você abre o IPad e imediatamente começa a usá-lo. Os desenhos, o toque na tela, tudo é simples e de alta qualidade. Ninguém precisa ser doutor para usar um produto da Apple.

Você pode analisar duas dezenas de indicadores financeiros, mas o caixa livre mostra com simplicidade a situação financeira da empresa. Simplicidade não significa falta de estudo ou falta de preparo, significa apenas que a relação custo x benefício sempre será respeitada.

Sempre recordo, quando falo em simplicidade, do Gerdau e da Brahma. Empresas modernas, com qualidade e tecnologia, mas que sempre buscam e exaltam o simples. Não é à toa que estão entre as empresas com as melhores práticas de gestão do mundo.

O resto? O resto não presta!

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