Business, Economia, Seguros
09/06/2022
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Seguros: Por que se tornou uma fonte de investimentos?

A fragmentação e o alto potencial do mercado são pontos atrativos para os investidores, uma vez que se trata de um segmento que cresceu nos últimos anos

O mercado global de fusões e aquisições bateu recorde de crescimento histórico em 2021, e o Brasil, alinhado a essa tendência, registrou o maior número de operações realizadas nos últimos dez anos, segundo dados da Bain & Company. Penso que esse crescimento acontece por dois motivos centrais: o aumento das empresas brasileiras no mercado de capitais e o sucesso da indústria de private equity (PE) e venture capital (VC) no país.

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) estima que as empresas brasileiras conquistaram, em 2021, R$ 596 bilhões no segmento de capitais, e somente os fundos de investimento compradores de empresas (PE/VC) somaram aportes de R$ 53 bilhões nesse mesmo ano, com um crescimento de 128% quando comparado ao ano de 2020, conforme apontam dados da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e da KPMG.

Diante disso, a busca pelas empresas em aumentar a sua competitividade, aliada a essa janela de oportunidade no acesso ao capital, intensificaram os números de operações de fusões e aquisições. Em relação ao setor de seguros no Brasil, estima-se que existam mais de 500 investidores em 41 países interessados em avaliar uma potencial oferta de aquisição.

Não obstante, o Brasil é o 14º maior mercado do mundo, com faturamento de R$ 306 bilhões em 2021, conforme aponta um estudo da CNseg. Isso acontece em razão da baixa penetração dos produtos de seguros, mas ainda temos um alto potencial de crescimento. Atualmente, no ranking mundial em densidade de seguros, ou seja, gasto com seguros per capita, o país ocupa a 52ª posição.

Pensando no segmento em médio e longo prazo, haverá uma consolidação ainda maior entre as corretoras no decorrer dos próximos anos, uma vez que o mercado ainda é muito fragmentado: são aproximadamente 54 mil corretoras ativas. Por isso, há potencial de crescimento. O Brasil conta com um mercado interno robusto e repleto de oportunidades em diversos setores, além do segmento de seguros. A grande questão é o porquê esse setor chamou mais atenção.

Reitero que a fragmentação e o alto potencial do mercado são pontos atrativos para os investidores, uma vez que se trata de um segmento que cresce mesmo com a economia em recessão.

Ressalto ainda a importância desse trabalho na vida do corretor. O que mais me atraiu nessa proposta da Hand é a possibilidade de oferecer a este empresário, o corretor de seguros, que lutou a vida inteira para construir um negócio de sucesso, um prêmio pelo seu esforço. Muitas vezes, esse corretor se vê numa fase da vida onde quer desfrutar e aproveitar tudo que construiu, ou não tem mais energia para tocar seu negócio. Outras vezes, não conta com um processo de sucessão definido. Ou, ainda, precisa de um novo sócio para injetar capital, conhecimento e tecnologia para enfrentar a nova realidade digital. Nada melhor do que vender sua empresa, ou parte dela, para que seu sonho continue a ser uma fonte de riqueza, a gerar novos empregos e proporcionar a recompensa por uma vida de dedicação.

 

* Por Zeca Vieira, fundador e diretor da ZV Consultoria e conselheiro dos segmentos de seguros, saúde e previdência da Hand

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