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Saúde, Seguros
30/12/2025
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Saúde mental ganha ainda mais espaço em 2026 e passa a influenciar decisões sobre planos e seguros

Depois de um ano de avanços e debates, cuidado emocional deixa de ser tema secundário e se consolida como prioridade para consumidores, empresas e formuladores de políticas públicas.

O cenário aponta para um futuro em que saúde mental deixa de ser um complemento e passa a ocupar posição central nas políticas de saúde e nos contratos de seguros. Em 2026, a atenção ao bem-estar psicológico tende a ser ainda maior do que a observada em 2025, impulsionada por mudanças culturais, pressão dos consumidores e avanços regulatórios. Para quem contrata um plano de saúde ou um seguro, entender essas coberturas passa a ser tão importante quanto conhecer aquelas voltadas ao cuidado físico, sinalizando uma nova forma de pensar saúde de maneira mais completa e humana.

Ansiedade, depressão, estresse crônico são alguns dos problemas mentais que afetam milhões de pessoas no mundo. Por isso, consumidores passaram a valorizar com mais atenção as coberturas psicológicas e psiquiátricas oferecidas pelos planos de saúde em 2025. Consultas com psicólogos e psiquiatras, acompanhamento contínuo e tratamentos mais longos ganharam peso na hora da contratação do plano de saúde.

Esse comportamento tende a se intensificar em 2026, refletindo uma adaptação do mercado às necessidades contemporâneas dos usuários, que buscam não apenas tratar doenças, mas preservar o equilíbrio emocional e a qualidade de vida.

No mercado de seguros, a tendência é semelhante. Cresce a expectativa de ampliação de coberturas específicas para “burnout”, termo usado para definir o esgotamento físico e mental relacionado ao trabalho, além de depressão e outros transtornos ligados à saúde mental.

Produtos que incluem telemedicina — atendimento médico à distância por meio de plataformas digitais — e suporte psicoterápico passaram a ser vistos como inovação e diferencial competitivo, mostrando que o setor começa a responder a uma demanda social cada vez mais evidente.

Esse avanço também aparece no campo legislativo. Está em análise um projeto de lei aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência que obriga operadoras de planos de saúde a oferecer cobertura integral de todas as especialidades a pacientes em tratamento de saúde mental, desde que haja prescrição médica.

A proposta ainda será avaliada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Saúde e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, o texto precisa ser aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal.

O relator do projeto recomendou que a proteção não se limite apenas às pessoas com deficiência física, mas se estenda a todas as pessoas com deficiência. Com isso, o texto, quando aprovado, alteraria a Lei dos Planos de Saúde para proibir que operadoras recusem, excluam, suspendam ou cancelem unilateralmente contratos que garantam tratamento multidisciplinar e sem limite de sessões para doenças degenerativas, transtorno do espectro autista (TEA), síndrome de Down e outras deficiências. Caso a medida seja descumprida, as operadoras poderão sofrer multas e outras penalidades previstas em lei.

A discussão no Brasil acompanha uma tendência internacional. Nos Estados Unidos, a Teladoc anunciou a expansão da cobertura de saúde mental por meio de seguros, com foco na plataforma BetterHelp, especializada em atendimento psicológico remoto. A expectativa é alcançar uma cobertura ainda mais ampla até 2026, reforçando um movimento global de integração entre tecnologia, seguros e cuidado emocional.

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