A delegacia regional da Polícia Civil cearense em Tauá está realizando um trabalho de combate à fraude no DPVAT nos municípios da Região de Inhamuns, informa o blog Wilrismar.com. Agora, para registrar o boletim de ocorrência (BO), a vítima de acidente de trânsito terá de apresentar toda a documentação exigida, inclusive dos órgãos de saúde onde o atendimento foi realizado, conforme revelou o titular da 14ª Delegacia de Polícia, Gisleiam Lima, em entrevista à Rádio Difusora de Inhamuns.
O delegado alertou ainda que ao fraudar o DPVAT, também conhecido como seguro obrigatório do trânsito, o autor responderá a inquérito policial e será autuado no Artigo 171 (estelionato) do Código Penal. Não adianta enganar a polícia – disse. Em busca de indenização do seguro, tem pessoas na região que sofrem quedas de bicicletas, de animais, de árvores ou sofrem acidentes domésticos e tentam fraudar o DPVAT, alegando serem vítimas de acidente automobilístico.
Já em Minas Gerais, a operação Aranha do Deserto desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu recentemente duas pessoas em Caratinga acusadas de fraudar o DPVAT, informou o G1. O Gaeco descobriu que o grupo criminoso agia de forma articulada, de modo que despachante procurava pessoas que teriam se envolvido em acidentes automobilísticos, cobrando valores em torno de 30% a 50% do beneficiário sobre o valor indenizado como pagamento por promoverem ilicitamente o aumento da quantia a ser recebida do seguro.
Outras duas denúncias já foram oferecidas em fases anteriores da investigação, sendo uma em Timóteo e a outra em Inhapim.
O Gaeco desencadeou a operação Aranha no Deserto, no Leste de Minas, em abril último. O trabalho investiga fraudes na obtenção do DPVAT. Quatro despachantes especializados no seguro foram presos em Inhapim e São João do Oriente naquele mês.