Economia
11/11/2025
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Inflação baixa e ata do Banco Central sinalizam caminho para o corte de juros no Brasil

Na coluna Fique de Olho, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, analisa os sinais do mercado e aponta quando o Banco Central pode iniciar o ciclo de queda da taxa de juros Selic.

A taxa de juros Selic em 15% teve a sua decisão acompanhada de uma comunicação mais branda por parte do Banco Central (BC) do Brasil. Segundo a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, a projeção do Banco Central para o segundo trimestre de 2027, chamado horizonte relevante de política monetária, está em 3,3%, bastante próxima do centro da meta, o que reforça uma postura mais equilibrada para ser considerada na decisão sobre a taxa de juro.

Nos Estados Unidos, o foco foi o relatório ADP (Employment Report) – um indicador mensal que mostra a variação no número de empregos no setor privado dos Estados Unidos –,  após meses de resultados negativos, o documento mostrou criação líquida de vagas, sinalizando alguma recuperação no mercado de trabalho americano.

Nesta semana, na economia doméstica, a atenção volta-se à ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento deve trazer mais detalhes sobre a discussão entre os diretores do Banco Central e, assim, ajudar o mercado a entender se o primeiro corte de juros virá em dezembro ou apenas em janeiro de 2026.

“O próximo passo da autoridade monetária será reduzir os juros, restando apenas definir o momento em que o Banco Central vai considerar adequada a calibragem do atual grau de aperto monetário”, afirma a economista Tatiana Pinheiro.  O IPCA-15, de outubro, deve mostrar uma inflação bastante baixa, em torno de 0,14%, o que reforça o cenário favorável ao início do ciclo de cortes. Também dados de atividade econômica devem contribuir para esse debate”, completa.

Nos Estados Unidos, o mercado acompanha o CPI americano (Consumer Price Index, ou Índice de Preços ao Consumidor), caso a paralisação parcial do governo federal, chamada de “shutdown”, termine.

Segundo Tatiana Pinheiro, as falas de membros do banco central americano, o Federal Reserve (FED), vêm sinalizando uma pausa no ciclo de cortes em dezembro. Já na China e na Europa, os destaques são os indicadores de atividade e a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) europeu, que ajudarão a compor o quadro global da economia.

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