Empresas e organizações unidas para fortalecer a inclusão e ampliar oportunidades para pessoas autistas por meio da arte, cultura e capacitação profissional
Neste mês, dedicado à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), chamado de Abril Azul, o Gente Grupo reafirma seu compromisso com a inclusão e o apoio à neurodiversidade, destacando algumas entidades que atuam diretamente com pessoas autistas, como o Instituto Social Pertence, a Cog Life Arts e a Eyecontact. São instituições reconhecidas por seu trabalho na educação, inclusão e desenvolvimento de pessoas com TEA.
O Gente Grupo se preocupa em divulgar iniciativas que promovam respeito, oportunidades, autonomia e qualidade de vida para as pessoas com TEA, reconhecendo a importância de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora.
Uma das entidades é o Instituto Social Pertence, com sede em Porto Alegre. A organização, que completará 14 anos em agosto, conta com o apoio de empresas e com uma equipe formada de profissionais, para oferecer passeios, cursos, acompanhamento terapêutico e grupos de viagem para crianças, jovens, adultos e idosos, portadores do Transtorno do Espectro Autista e de outras deficiências, seja física ou intelectual.
A prestação de trabalho do Instituto Social Pertence soma 500 pessoas com alguma deficiência em atendimento pelo instituto em todo o Brasil, de modo remoto ou presencial, dependendo da localidade.
Além do atendimento particular ou gratuito, na rede pública, o Instituto Social Pertence oferece capacitação às empresas que atuam com inclusão de autismo.
“Diariamente, lutamos para transformar o dia das pessoas com deficiência. O mês do Abril Azul ajuda a mostrar para a sociedade que a gente pode viver, na prática diária, a inclusão, explica o cofundador e presidente do Instituto Social Pertence, Victor Freiberg.
Outra iniciativa, voltada à inclusão de artistas com TEA, partiu da administradora Flávia Gusmão que trabalhou na área corporativa por 20 anos e, sendo mãe de um garoto com TEA, optou por mergulhar no mundo da arte e do autismo para traçar uma rota para seu filho e para tantos outros artistas com TEA. Assim, fundou o Instituto Cog Life Arts (ICLA), mantido pela Cog Life Arts e também por apoiadores.
Trata-se de um instituto sem fins lucrativos que conta com 80 artistas autistas. Atualmente, há uma coleção de camisetas ilustradas por eles na loja do Museu de Arte de São Paulo (Masp). O artista recebe entre 15% e 30% do valor da venda das peças, e o restante é destinado à compra de materiais e ao pagamento de profissionais que atuam no IC
“Por meio de oficinas gratuitas de arte, exposições, festivais e seminários, o ICLA fortalece a rede de apoio para autistas e suas famílias, incentivando a inclusão por meio da arte”, diz a fundadora e diretora do ICLA.
Também no mês de abril, a organização sem fins lucrativos Eyecontact, realiza diversas atividades pelo Brasil e outros países. A Eyecontact, com sede nos Estados Unidos, foi fundada pela artista plástica e professora de artes para autistas, Grazi Gadia, e pelo médico, neuropediatra, Carlos Gadia, especializado em autismo.
“Entre as ações sociais da Eyecontact estão o seminário Tearteiro, que une arte e autismo, e a ação social “Autism Without Mask”. Trata-se de uma exposição que é composta pelas imagens de mães, pais, irmãos, avós, terapeutas, que tiveram os rostos pintados por autistas, retratando a conexão deles com pessoas próximas por meio da arte.
Grazi Gadia conta que o “Autism Without Mask” esteve em Angola, no qual o presidente do país teve seu rosto pintado por dois autistas.
No Brasil, o “Autism Without Mask” passou por Curitiba e, a partir de 2 de abril, a exposição começa na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Nos próximos dias, 26 e 27 de abril, acontece em Goiânia, capital de Goiás.