Economia
16/09/2025
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Cortes de juros nos EUA serão sentidos no 4º trimestre no Brasil

Economista Tatiana Pinheiro, da Galapagos Capital, explica que cortes de juros nos Estados Unidos e na Europa podem ter efeitos mais claros a partir do fim do terceiro trimestre e ao longo do quarto trimestre de 2025.

A inflação de agosto nos Estados Unidos avançou 0,4%, acima do esperado. Para a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, o cenário deve levar o Banco Central americano a cortar juros duas vezes nas próximas três reuniões. A medida seria uma forma de cautela diante da inflação e do impacto do chamado “tarifaço” nos preços, especialmente em bens de consumo.

No Brasil, o quadro é diferente. Apesar de a deflação de agosto ter vindo mais intensa que a previsão, a inflação de serviços segue resistente. Segundo Tatiana, esse é o setor que demora mais a responder ao aperto monetário. A expectativa é que os efeitos se tornem mais claros a partir do fim do terceiro trimestre e ao longo do quarto.

Na Europa, os juros foram mantidos em 2%. O Banco Central Europeu sinalizou que deve permanecer nesse patamar por um tempo. Para a economista, há espaço para cortes, mas isso só deve ocorrer no final do primeiro semestre de 2026.

Já nesta quarta-feira, os Estados Unidos devem reduzir sua taxa básica, a Fed Funds, de 4,5% para 4,25%, principalmente por causa do enfraquecimento do mercado de trabalho.

Além da decisão sobre juros, o Federal Reserve também divulgará novas projeções para inflação, atividade econômica, taxa de desemprego e as estimativas dos membros do FOMC para os próximos cortes.

No Brasil, a expectativa é de manutenção da taxa Selic em 15%. O ponto de atenção, segundo Tatiana, será a leitura sobre a inflação e a atividade econômica, em especial a desaceleração recente observada nos principais indicadores.

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