Economia
05/06/2025
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Coluna Fique de Olho: PIB acelera, desemprego cai e superávit surpreende no 1º trimestre

Economia brasileira mostra força acima do esperado, com consumo em alta, mercado de trabalho aquecido e contas públicas no azul. Mas, cenário internacional ainda exige cautela

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil teve um desempenho mais forte do que o esperado no primeiro trimestre de 2025. O consumo das famílias avançou 1% em relação ao último trimestre de 2024, e os investimentos também cresceram com força, impulsionados, em parte, pela movimentação nas plataformas de petróleo e comércio exterior.

As importações cresceram 5,9%, reforçando a ideia de que a atividade econômica segue aquecida. Indicadores complementares, como os dados de crédito e a taxa de desemprego, reforçam essa leitura: o desemprego caiu para 6,6%, e o mercado de trabalho se mantém forte.

Do lado fiscal, o resultado também surpreendeu. O Brasil acumulou um superávit primário de R$ 102 bilhões até abril, somando União, estados, municípios e estatais. Esse desempenho alivia temporariamente a pressão sobre a política fiscal, mas não tira o foco do Banco Central, que segue atento aos riscos inflacionários e à política monetária.

A divulgação da produção industrial de abril será fundamental para calibrar as projeções sobre o segundo trimestre.

Aqui e no mercado internacional,  a tensão gira em torno das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Após decisão judicial que suspendeu parte das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma apelação reverteu temporariamente o bloqueio, reabrindo o impasse. A novela tarifária ainda promete novos capítulos ao longo da semana.

O mercado também espera dados importantes como o índice de preços ao consumidor (CPI) e o relatório de emprego (Non-Farm Payroll), que devem influenciar as expectativas sobre a trajetória dos juros americanos. Por ora, a ata do FOMC (Federal Open Market Committee), do Federal Reserve (Fed), em português, o banco central dos EUA, indica que o plano é manter os juros inalterados até que haja maior clareza no cenário externo.

 

 

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