Seguros
30/09/2024
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Brasil a um passo da revolução do mercado de seguros

O mecanismo criará oportunidades sem precedentes para a inovação, com a personalização de produtos e coberturas mais adequadas para cada pessoa

Se olharmos pelo retrovisor, há poucos anos o noticiário reportava a chegada do Open Banking e do Open Finance. Como resposta às demandas sociais, quem ganha tração hoje é o conceito de Open Insurance, ou OPIN. Para entender a ferramenta, em implementação até novembro de 2024, basta imaginar um ecossistema em que dados fluem livremente com o consentimento do segurado. O mecanismo criará oportunidades sem precedentes para a inovação, com a personalização de produtos e coberturas mais adequadas para cada pessoa.

As discussões em torno do tema ganharam forma em 2020 e, desde então, avançam significativamente. Hoje, são mais de 50 empresas de seguro, previdência complementar e capitalização participantes do OPIN. As primeiras corretoras que atuarão como SPOC (Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente) já estão credenciadas, abrindo as portas da inovação na corretagem de seguros.

Isso nos mostra que o Open Insurance já é uma realidade no Brasil. O que nos resta é descobrir em qual lado da história vamos estar – se queremos ser protagonistas ou coadjuvantes nesse momento histórico de transformação do nosso setor. É preciso fazer parte desse universo da inovação e do grupo de protagonistas dessa nova forma de fazer seguros.

No entanto, como toda ferramenta, o seu valor depende de como a utilizamos. A verdadeira transformação virá de como nós, profissionais do setor de seguros, adaptaremos nossos modelos de negócios e a nossa mentalidade em relação ao futuro. E, para acompanhar de perto essa transformação e contribuir de forma contínua, instituímos na Câmara Brasileira da Economia Digital o Comitê de Open Insurance. Neste momento, queremos educar o setor e a população sobre os benefícios do OPIN de maneira acessível, através do GuiaOpen. Em seguida, seremos o observatório das iniciativas de governança do ecossistema, compartilhando seus efeitos e impactos com a sociedade.
É fundamental esclarecer os papéis e responsabilidades das corretoras de seguros autorizadas a operar como SPOCs. A autorização concedida pelo órgão regulador não é apenas uma licença para integrar o OPIN, mas uma ferramenta poderosa que permite aos corretores participar ativamente do novo sistema de seguros abertos. Novamente, o que vai mudar o mundo será a forma que o mecanismo será utilizado.
Diante deste marco no setor de seguros, conhecimento do mercado, capacidade de construir relacionamentos e habilidade de interpretar dados para oferecer conselhos personalizados serão mais decisivos do que nunca. Certamente, veremos surgir novos modelos de negócios e seremos espectadores do processo de transformação das corretoras em plataformas de serviços integrados, seguradoras em hubs de gestão de riscos, além do surgimento de novos produtos e serviços. E, no centro dessa revolução, estará quem mais importa: o cliente.

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