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29/05/2018
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A falta de representatividade atrasa mudanças no DPVAT

O envolvimento de representantes do mercado em operações fraudulentas do DPVAT e a falta de representatividade…

Ana Laura Scabia

A participação de pessoas envolvidas – direta ou indiretamente – nas irregularidades do seguro DPVAT e a falta de representavidade na comissão especial da Susep têm dificultado o andamento das mudanças no seguro.

De acordo com o presidente da Gente Seguradora, Sérgio Suslik Wais, a primeira atuação sobre o processo de mudança do DPVAT deveria vir da iniciativa privada com afastamento de todos os conselheiros, diretores e empresas envolvidos direta ou indiretamente em fraude. “Isso não acontece em função do mando inconstitucional por parte dos grandes grupos financeiros”, disse ele.

Sem um direcionamento político definido, os trâmites para a alteração do atual modelo ficam estacionados e as ilegalidades continuam acontecendo. O executivo lembra que os desvios do Seguro DPVAT apontados pelo TCU (Tribunal de Conta da União) já chegam ao valor de R$ 2,1 bilhões (dois bilhões e cem milhões de reais). “Esse valor deveria ser cobrado dos criminosos e devolvido aos proprietários dos veículos. Além disso, há os R$ 4 bilhões de excedente que se encontram hoje como reservas técnicas cobrados a mais nos últimos anos, mesmo com a redução de 61% no valor do seguro nos últimos dois anos”, aponta.

No relato da última ata da comissão que estuda o novo formato do seguro do DPVAT, houve opiniões divergentes das entidades lá representadas, como também nenhum parecer conclusivo foi dado sobre quando e quais mudanças deverão acontecer.

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