Business, Inovação
Foto: Reprodução | Fonte: Segs I Alcindo Batista de Almeida
18/04/2022
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5 dicas para autônomos e profissionais liberais não passarem aperto

Planejamento é a chave para definir como o tempo será gasto, como o serviço será cobrado, como se precaver contra imprevistos e viver com tranquilidade

Em 2021, o trabalho autônomo bateu recorde, de acordo com dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De junho a agosto, o número de pessoas que trabalham por conta própria chegou a 25,4 milhões.

Na comparação com o trimestre anterior, 1 milhão de novos autônomos surgiram, e em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 18%.

O preocupante é que, do total de autônomos, apenas 6 milhões apresentam registro (CNPJ), tornando a situação desses trabalhadores insegura do ponto de vista financeiro, profissional e com reflexos na vida pessoal.

Quem decide ou precisa trabalhar de maneira independente – como os autônomos e os liberais – deve se preparar e evitar desistir diante dos imprevistos. Saiba como:

Gestão de tempo

Assumir a responsabilidade pelo destino dos negócios exige dedicação e motivação constantemente. Por isso, realizar uma boa gestão do tempo é primordial.

Em geral, os trabalhadores autônomos e profissionais liberais executam mais de uma função ao longo da jornada de trabalho, portanto, é preciso definir uma lista de tarefas, definir as prioridades e criar metas.

Para manter o foco e evitar a procrastinação, há soluções e aplicativos que podem auxiliar desde a organização da agenda, até a gestão de estoque e faturamento mensal.

Mais conhecimento

Mesmo quem não é profissional liberal e não precisou de uma formação específica deve buscar conhecimento. Isso permitirá elevar a qualidade do serviço, a satisfação dos clientes e, consequentemente, melhorar o faturamento.

Quando se trabalha sozinho, apenas si mesmo é capaz de buscar aprendizado de modo constante. Nesse sentido, o trabalhador tem à disposição opções como cursos de atualização, pesquisas, leituras e participação em eventos. Também é possível aprender diante dos desafios profissionais do dia a dia.

Precificação dos serviços

Estabelecer um valor para o trabalho é um dos maiores desafios dos profissionais autônomos e liberais. Ele deve ser competitivo e, ao mesmo tempo, lucrativo.

Embora existam tabelas ou guias com valores referenciais, eles não levam em consideração particularidades como a estrutura, o público, os materiais, deslocamentos ou os custos fixos que o profissional tem. Portanto, o profissional tem que se dedicar à precificação.

Para essa tarefa, é preciso ter em mente os gastos com a execução do serviço – inclusive as horas trabalhadas -, as despesas necessárias para manter o negócio funcionando, o pagamentos de impostos e a porcentagem de lucro que o profissional deseja obter.

Além disso, diferentes serviços podem se beneficiar de métodos de precificação distintos. O serviço pode ser cobrado por hora trabalhada, por pacote ou por êxito – quando o profissional cobrar uma porcentagem em cima do resultado do seu trabalho.

Prevenção de riscos

A fim de amenizar a incerteza trazida pelo mercado autônomo e liberal, é recomendado que estes profissionais apostem na contratação de um seguro específico para atender às suas necessidades. Trata-se do SERIT (Seguro de Renda por Incapacidade Temporária).

Essa modalidade oferecida pelas seguradoras permite que, em momentos críticos, como doenças e acidentes que exigem o afastamento do trabalho, o trabalhador não perca a sua renda e cuide de sua saúde.

Além de outras coberturas, o SERIT contempla até mesmo casos de transtornos mentais como a síndrome do Burnout, que desde janeiro de 2022 se tornou uma doença ocupacional, em nova classificação dada pela OMS.

O Brasil já é um dos principais países onde o Burnout está presente e, de acordo com uma pesquisa da empresa de análises Harris encomendada pela Microsoft, para 44% dos brasileiros, o período de convívio com a Covid-19 só aumentou a sensação de esgotamento profissional. Levando em conta a pressão que os profissionais autônomos e liberais sofrem, o risco de desenvolver a síndrome chama a atenção.

Controle financeiro

Ao não atuar com carteira assinada, o profissional fica sujeito a sazonalidade e demanda do mercado, principalmente em alguns setores. Consequentemente, a renda será variável e, se não houver um bom controle financeiro, o trabalhador tem chances de entrar no vermelho.

A separação entre capital da empresa e orçamento pessoal é o primeiro passo para evitar surpresas desagradáveis.

Além disso, é fundamental que o negócio possua um planejamento financeiro bem definido, com previsão mensal de receitas, metas e planos para curto, médio ou longo prazo. Também é preciso contar com a possibilidade de inadimplência dos clientes e ter uma reserva que garanta estabilidade às finanças.

No campo pessoal, os gastos devem ser moderados e compatíveis com o orçamento, evitando contar com provisões que ainda não se concretizaram, a fim de equilibrar a conta bancária.

Embora seja desafiador, os autônomos e liberais são capazes de desfrutar de uma vida profissional e financeira mais otimista. Planejamento é a palavra de ordem para conquistar algum grau de estabilidade.

 

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