O setor de seguros poderá crescer mais e 10% neste ano (sem Saúde e DPVAT) em relação a 2021, informa a nova edição da “Conjuntura CNseg” (nº 68)” publicação da Confederação Nacional das Seguradoras- CNseg, reforçando a tendência de alta da demanda pela proteção contra riscos. Nas projeções por segmentos, o da Saúde Suplementar fica com alta entre 7,1% e 12,3%. Já o de Danos e Responsabilidades pode evoluir de 4,6% a 12,5%. No segmento de Cobertura de Pessoas, a projeção é também de alta, de 3,8% a 9,7%, enquanto o Capitalização pode evoluir de 2% a 6,9%.
Nas projeções de 2023, o volume de seguros de Danos e Responsabilidades têm previsão de crescimento de 1,5% no cenário pessimista e de 10,6% no otimista. Na Cobertura de Pessoas, a variação oscila de 3,4% a 8,9%, enquanto na Capitalização, alta de 3,3% a 8,7%. Na Saúde Suplementar, a estimativa é de alta no volume, de 2,1% a 10% no próximo ano.
A edição 68 da “Conjuntura CNseg” contempla ainda a análise de outros temas relevantes do setor de seguros. A publicação tem “box”, por exemplo, sobre a agenda ASG (Ambiental, Social e Governança), que deu um passo importante por meio da minuta de Circular Susep sobre requisitos de sustentabilidade. Na pauta ainda, a crescente atenção do setor segurador para os riscos do ambiente digital e os modelos de projeção de negócios, que são ferramentas para apoiar gestores e estratégicas para a gestão dos ativos que garantem riscos.
O atual cenário dos Incidentes de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR’s) instaurados nos Tribunais de Justiça e o exercício do direito de regresso da seguradora em face das concessionárias de energia elétrica são outros destaques do universo jurídico. A Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais) comenta a exigência de seguro de programas habitacionais do Governo. A exigência do Seguro de Danos Estruturais abre um novo horizonte para as empresas seguradoras, além de fortalecer o próprio merca/do de construção civil.
Texto do presidente da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), Edson Franco, destaca o papel da Previdência Privada no contexto da pandemia, reforçando que, no próximo triênio (2022-2024), a prioridade da Federação será manter uma agenda permanente de diálogo com a sociedade, com os Três Poderes e entidades associativas. Sobre a Saúde Suplementar, artigo aponta que a sustentabilidade do sistema privado passa por ampliar acesso e baixar os custos da assistência, para impedir que os planos se tornem impeditivos.
Outro “box” avalia o desempenho do segmento de Capitalização, que no biênio de 2020/2021 movimentou mais de R$ 40,2 bilhões entre resgates e premiações de sorteios. A FenaCap (Federação Nacional de Capitalização) entende que 2022 será mais um ano de crescimento, construído a partir das respostas a um ambiente econômico desafiador.
Na seção destinada à produção acadêmica, destaque para cinco artigos: a publicação internacional “Insurance Company Opportunities and Threats”; “Efeitos redistributivos da Reforma da Previdência”, “MAC: uma proposta para metas atuariais consistentes em fundos de pensão”; “Efeito de alterações no preço de referência sobre as indenizações do Seguro Agrícola de Faturamento da soja no Brasil” e “Uma Análise Setorial da Indústria de Seguros à Luz do Modelo Estrutura-Conduta-Desempenho (ECD): A Contribuição do Setor para a Atividade Econômica Brasileira nos Últimos 15 Anos.