Saúde
30/06/2025
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Vacinas protegem idosos contra vírus graves como herpes e pneumonia

Campanhas alertam para importância da imunização após os 60 anos e ampliam acesso a vacinas contra influenza, pneumonia e herpes-zóster

O envelhecimento traz a perda gradual da capacidade de resposta do organismo às infecções comuns (imunossenescência), reduzindo a resposta imunológica e aumentando riscos de hospitalizações, agravamento de doenças crônicas e mortalidade. Sem imunização adequada, para os idosos, a vacinação é considerada estratégia comprovada para a redução de internações, agravamento de doenças crônicas e risco de morte.

A dose da vacina contra influenza é essencial para evitar complicações, internações e óbitos. Idosos também devem ser protegidos contra pneumonia pneumocócica. A vacina deve ser tomada anualmente.

O Ministério da Saúde iniciou a vacinação contra a influenza nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste desde abril de 2025, também aplicada em idosos com mais de 60 anos, especialmente naqueles com doenças cardíacas ou pulmonares, como explica no vídeo o médico Helder Gomes.

O boletim semanal InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 26 de junho de 2025, mostra que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam altos em todo o Brasil. Os vírus responsáveis por essa alta de casos graves no país são o da influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR). As hospitalizações por influenza seguem em crescimento em alguns estados do Centro-Sul, Norte e Nordeste.

No caso do herpes-zóster, reativação do vírus da catapora que acomete principalmente quem tem mais de 50 anos, a vacina reduz em até 90% a incidência e diminui drasticamente o risco de neuralgia pós-herpética – dor crônica que compromete a qualidade de vida.

Em abril passado, o Ministério da Saúde divulgou que encaminhou à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) uma solicitação de avaliação para a inclusão da vacina contra o herpes-zóster no Sistema Único de Saúde (SUS).

“A incorporação de uma nova vacina ao SUS envolve diversas etapas, como a identificação da demanda, análise técnico-científica, avaliação de viabilidade e pactuação entre as três esferas de gestão: União, estados e municípios.”

Segundo o Ministério da Saúde, o quadro clínico do herpes-zóster inclui lesões pele, dores nos nervos, formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão, ardor e coceira locais, febre, dor de cabeça e mal-estar. Para o idoso, com imunidade baixa, os sintomas podem ser ainda mais severos.

A vacina contra herpes-zóster recomendada é aplicada em duas doses. O esquema vacinal envolve duas doses da vacina recombinante, com intervalo de 2 a 6 meses entre elas.

A intenção do governo é promover grandes campanhas de vacinação para o público com indicação para receber a imunização contra o herpes-zóster. Na rede particular, o custo das duas doses da vacina gira em torno de R$ 1.800,00.

A vacina contra pneumonia indicada para idosos pode ser cara na rede privada, mas é oferecida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para alguns grupos prioritários, incluindo idosos com 60 anos ou mais, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos. A dose custa em torno de R$ 500,00 na rede particular.

Uma dose da vacina contra pneumonia deve ser aplicada no primeiro ano, caso o idoso nunca tenha recebido nenhuma vacina para pneumococo. Depois, é feito um reforço de 5 em 5 anos. Essa vacina tem o poder de diminuir a gravidade da pneumonia e, em alguns casos, evitar uma internação. Daí a importância de se vacinar, principalmente, idosos que já têm alguma doença.

Proteja-se com a