Saúde, Tecnologia
19/08/2025
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Ultrassom 8K viraliza com bebês de famosos e chama atenção de gestantes

Tecnologia do ultrassom 8k impressiona pela nitidez ao mostrar o rosto do bebê, mas não substitui exames médicos tradicionais

O chamado ultrassom 8K vem ganhando espaço em clínicas de imagem nos Estados Unidos e já começa a despertar curiosidade no Brasil. A novidade ganhou visibilidade depois que famosos divulgaram nas redes sociais fotos hiper-realistas de seus bebês ainda dentro da barriga, com detalhes do rosto que impressionam pela nitidez.

Na prática, não se trata de um novo exame, mas de um recurso de renderização, que é o processamento digital das imagens já captadas pelo ultrassom 3D, 4D ou HD. Nessa etapa, softwares — muitas vezes com apoio de inteligência artificial — refinam luz, sombra e textura, criando uma imagem mais nítida e realista, parecida com uma fotografia do bebê antes do nascimento.

Entre as celebridades que chamaram atenção para a tecnologia está Fernanda Stroschein, noiva do cantor MC Guimê, que viralizou ao publicar uma imagem realista da filha Yarin. O mesmo ocorreu com a cantora Ludmilla e sua esposa, Brunna Gonçalves, que divulgaram fotos em alta definição de sua filha Zuri, feitas em um exame conhecido como “8D” nos Estados Unidos.

Médicos ressaltam, porém, que essas imagens não têm valor clínico. Elas são apenas representações artísticas mais realistas do bebê, sem qualquer impacto diagnóstico. O ultrassom obstétrico convencional continua sendo o exame essencial para avaliar o crescimento, a formação dos órgãos e o fluxo sanguíneo.

Apesar de não ter finalidade médica, especialistas reconhecem que o ultrassom 8K pode reforçar o vínculo emocional entre os pais e o bebê. Por isso, a técnica vem se consolidando como uma lembrança sofisticada, quase como uma fotografia pré-natal que famílias levam para casa.

Nos Estados Unidos, clínicas oferecem o serviço em diferentes formatos. Na Sweet 3D Baby, na Califórnia, o recurso faz parte de um pacote premium de US$ 150. Já na Peeping Moms Ultrasound Boutique, na Flórida, a sessão custa cerca de US$ 179, com opção de imagens extras por US$ 30. Também existem serviços online que transformam ultrassons comuns em versões 8K, por preços entre US$ 10 e US$ 20.

No Brasil, clínicas privadas em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro já oferecem a novidade, embora ainda de forma restrita e fora da cobertura de planos de saúde. Em São Paulo, por exemplo, exames semelhantes, como o chamado ultrassom 8D, variam de R$ 700 a R$ 1.000, dependendo da clínica.

Os médicos alertam que o ultrassom 8K não deve substituir os exames de rotina e tampouco ser feito repetidamente apenas por motivos estéticos. A técnica é vista apenas como um recurso emocional e estético, diferente de exames diagnósticos fundamentais como o morfológico ou o Doppler.

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