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19/12/2017
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Trânsito mutila menos, mas volta a matar mais no Brasil

Os acidentes de trânsito estão mutilando menos brasileiros, como revelam as estatísticas da Seguradora Líder…

Os acidentes de trânsito estão mutilando menos brasileiros, como revelam as estatísticas da Seguradora Líder. Os números de novembro, recém-divulgados, mostram recuo de 27% no número de indenizações de invalidez permanente pagas pelo seguro obrigatório DPVAT no décimo primeiro mês do ano: 21.317, contra 29.184 ocorrências em novembro de 2016.

A tendência de desaceleração na quantidade de sequelas, aliás, vem se consolidando neste semestre. Em julho, foram menos 9%. Em agosto, o quadro foi de estabilidade (+1%), para, em setembro, cair 31,6%. E voltou a cair no mês seguinte, de 27.033 em outubro último para 22.453 casos em outubro do ano passado. Cerca de 60% do dinheiro que o seguro DPVAT direciona para indenizações são gastos com invalidez permanente de pessoas tombadas em motocicletas e pelo automóvel no asfalto.

Se de um lado a violência do trânsito está incapacitando fisicamente, parcial ou totalmente, menos trabalhadores, por outro aumentou os casos fatais. Os veículos estão tirando a vida, literalmente, de mais pessoas nas vias do País. Em novembro, o DPVAT indenizou 3.387 mortes, 4,1% acima dos 3.255 óbitos ocorridos em idêntico mês de 2016. É uma tendência que está se solidificando nessa segunda metade do ano. Em julho, os casos fatais no trânsito subiram 42%, percentual repetido em agosto. Em setembro a intensidade da tragédia foi menor, ao crescer 8,5%. Novo aumento em outubro, para 11% e agora, em novembro, a taxa aumentou 4,1%. A continuar esse grau de letalidade dos acidentes, 2017 estará marcado pela volta do recrudescimento das mortes no asfalto, depois de sucessivos declínios desse índice entre 2013 e 2016.

Sob influência da queda nos registros de invalidez permanente, contrariando a série histórica da Seguradora Líder, que vinha apontando sucessivos aumentos anuais desse indicador, puxados pelos acidentes com motocicletas, o seguro DPVAT, no total, pagou menos indenizações em novembro: 29.600, ante o montante de 37.018 no mês similar de 2016. A baixa das ocorrências entre os períodos confrontados não foi pequena, chegou a menos 20%. A taxa vem mantendo-se em dois dígitos ao longo desse semestre, desde setembro (-24,6%). O mês de outubro bateu em -10,8%.

No mesmo novembro último, o número de vítimas de acidentes de trânsito que recorreram à cobertura médico-hospitalar do DPVAT subiu 6,9%, segundo dados da Seguradora Líder. O pulo foi de 4.579 para 4.896 casos entre os meses comparados. Tal alta tem sido observada neste segundo semestre do ano. Em julho, a quantidade de indenizações pagas com despesas médico-hospitalares subiu 32%; em agosto, 24%. Em setembro, uma trégua: alta de apenas 1,8%, para em seguida, em outubro, saltar para 12,6%.

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