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01/08/2017
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Susep quer acionistas da Líder pagando ações sugeridas pelo MP

Em nova assembleia extraordinária, com data ainda a definir, as seguradoras consorciadas do seguro obrigatório DPVAT voltam a debater o Termo de Ajustamento de Conduta e o Protocolo de Obrigações em negociação com o Ministério Público…

Em nova assembleia extraordinária, com dada ainda a definir, as seguradoras consorciadas do seguro obrigatório DPVAT voltam a debater o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e o Protocolo de Obrigações em negociação com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), agora diante de um fato novo criado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Órgão de supervisão do mercado de seguros quer que o investimento de R$ 85 milhões, previsto no documento, saia dos cofres dos acionistas da Seguradora Líder. É dinheiro para financiar ações de redução e prevenção de acidentes de trânsito em território mineiro.

A posição da Susep pôs em xeque o processo de entendimento tocado pelos executivos da Líder e os promotores mineiros. O acordo entre as partes prevê que o dinheiro saia da própria Líder, a dúvida recaia apenas sobre a porta de saída: se administrativa ou operacional. “Já havia a decisão de nossa parte em não impactar a tarifa do seguro, para não onerar o usuário. Para isso, os recursos investidos seriam compensados com o corte de outras despesas da companhia”, explica o presidente do Conselho de Administração da Seguradora Líder, Roberto Barroso, para quem o posicionamento da Susep é “esdrúxulo”, além de contrariar o que estava acertado com o MPMG.

É diante desse cenário, que se redesenha sem o apoio da Susep acerca da origem do dinheiro inicialmente previsto, que as seguradoras consorciadas pretendem se reunir para, conforme relata Barroso, rerratificar o deliberado em junho sobre a assinatura dos termos de conduta e do Protocolo de Obrigações, uma deliberação que ficou em aberto para esperar justamente a posição da Susep. “Agora a assembleia vai decidir se recua ou se vai à frente para oficializar o TAC”, diz ele.

O executivo não esconde que há um certo desconforto em parte dos acionistas da companhia, mais com o Protocolo de Obrigações do que com o TAC. Os mesmos acionistas – diz ele, sem identificá-los – temem que outros estados pleiteiem o mesmo investimento que ora está focalizado em Minas Gerais, um sentimento que vem desde a assembleia extraordinária realizada em junho. “Isso deve ser discutido e esse acordo com o MPMG tem que ser aprovado com grande adesão dos acionistas, ou seja, se a larga maioria está de acordo”, comenta Roberto Barroso, para quem a posição da Susep não pode ser desconsiderada.

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