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20/05/2025
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Redes 2G e 3G vão acabar e milhões terão que trocar rastreadores veiculares por modelos 4G

Empresas e motoristas já sentem no bolso a troca obrigatória. A atualização pode custar bilhões e ameaça micro e pequenos negócios em todo o país.

A transição para novas tecnologias de conectividade no Brasil, com o desligamento gradual das redes 2G e 3G, anunciado pela Anatel, está prevista para ocorrer até 2028. A regra permitia a venda de novos dispositivos que utilizassem apenas redes 2G e 3G até o mês passado, abril de 2025. A partir deste mês, novos equipamentos vendidos devem estar adaptados à tecnologia 4G. No total, estima-se que o impacto econômico desse desligamento será de R$ 10 bilhões para as empresas de diferentes setores, com custos relacionados à substituição de equipamentos obsoletos e adaptação à tecnologia 4G.

Empresas de rastreamento veicular estão entre as mais prejudicadas com a mudança.
Especificamente no setor de rastreamento veicular, a substituição por equipamentos compatíveis com redes 4G tem um custo considerável. Os modelos básicos custam a partir de R$ 127,00, como o rastreador veicular GPS com chip e aplicativo em tempo real. Já os modelos intermediários apresentam preços entre R$ 150,00 e R$ 300,00, incluindo dispositivos com bloqueador e aplicativo para celular.

Alguns cálculos divulgados no mercado mostram que a substituição de 13,8 milhões de rastreadores pode custar R$ 2 bilhões, considerando equipamentos novos no valor de R$ 150,00.

As grandes operadoras de telefonia já iniciaram a adequação de suas redes para suportar apenas as novas gerações de tecnologia móvel. Também maquininhas de pagamento, que ainda dependem de redes mais antigas, deverão ser substituídas por novos equipamentos adaptados à tecnologia 4G.

A substituição dos equipamentos afetará diretamente cerca de 12 milhões de dispositivos — entre rastreadores e maquininhas de pagamento — que ainda dependem dessas redes antigas, segundo projeção feita em um estudo da Links Field, operadora virtual especializada em soluções de comunicação M2M.
De acordo com a Associação Brasileira de Internet (Abranet), muitos municípios — como 40 dos 62 do Amazonas — ainda possuem apenas cobertura móvel 2G ou 3G, o que agrava ainda mais o desafio da transição para tecnologias mais avançadas.

A situação é ainda mais delicada para micro e pequenas empresas, que terão de arcar com os custos de adaptação para dispositivos 4G. Esse tipo de equipamento, além de oferecer maior capacidade de transmissão de dados e eficiência energética, exige novos investimentos em infraestrutura e serviços de substituição dos aparelhos obsoletos.

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