Daqui a 2 anos, em 2020, a profissão de corretor de seguros e a de analista de risco entrarão em declínio, e daí a 5 anos, em 2025, desaparecerão. A previsão é de Arthur Igreja e Allan Costa, consultores e gestores da multiplataforma AAA, empresa focada em disrupção em negócios e carreiras, entre outras atividades. Os dois especialistas são autores de uma análise de profissões com tendência à extinção nos próximos anos, onde comentam ainda os motivos, o contexto e a estimativa de prazo. Pela avalição dos dois especialistas, pode-se dizer que o corretor de seguros tem uma sobrevida de 7 anos, contados a partir de agora.
Em um cenário onde os níveis de inteligência artificial, automação e realidade virtual estão cada vez mais altos, a plataforma AAA entende que carreiras já desapareceram e outras devem deixar de existir em breve, abrindo caminho para postos onde a habilidade humana será concentrada no que os robôs (ainda) são incapazes de fazer.
Qual o futuro quando se fala de profissões e carreiras? Indaga a plataforma, depois de salientar que em muitos campos as máquinas têm melhor desempenho, margem de erro infinitamente menor e ainda são capazes de aprender. Esta realidade questiona se as graduações, MBAs e outros títulos tradicionais são a melhor forma de preparo. O ponto chave do diferencial competitivo será a consciência de um mundo voltado para a disrupção, tendo a tecnologia como aliado e não como algoz.
“Profissões que são muito repetitivas obviamente serão substituídas por softwares. E as que são por natureza muito humana, como serviços de cuidadores e de atendimento tendem a ter seus valores pressionados para baixo em razão da robotização, por exemplo”, analisa Arthur Igreja.
Já Allan Costa aconselha os especialistas de cada área a ficarem conectados à tecnologia. “Ou seja, se os robôs já realizam diagnósticos e operações, o médico deve direcionar esforços para o atendimento ao paciente, o relacionamento, o tratamento personalizado”, indica Allan Costa.
Para eles, os corretores de seguros e os analistas de riscos estarão “condenados” à extinção entre 2020 a 2025. O motivo: “A quase totalidade do que corretores de seguro e analistas de risco fazem hoje já pode ser feito por computadores utilizando big data e machine learning. Realização de cotações, cálculos de prêmio e custos de apólice, avaliação de riscos individuais e coletivos, ganham em eficiência e robustez, em termos de base de dados de referência, quando softwares parametrizáveis colocam nas mãos do segurado as possibilidades de simulações e contratação dos seguros de forma automatizada”, ponderam Arthur Igreja e Allan Costa.
Na lista dos dois consultores, carreiras como de assistente jurídico, analistas de investimento e financeiros, piloto de avião, anestesista, engenheiro de software, contadores e auditores serão extintas entre 2020 e 2030.