Economia
05/08/2025
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Juros em compasso de espera no Brasil e nos EUA

Economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, analisa na coluna Fique de Olho os fatores que travam o corte de juros nas duas maiores economias das Américas: Brasil e Estados Unidos

Na coluna Fique de Olho da newsletter UrGente News, a economista-chefe da Galapagos Capital analisa os movimentos de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, com foco nas decisões mais recentes sobre a taxa de juros e no impacto da inflação nos próximos passos do mercado.

Na semana passada, tanto o Banco Central brasileiro quanto o Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, decidiram manter os juros nos patamares atuais. No Brasil, a Selic foi mantida em 15% ao ano, com sinalização clara de que essa taxa deve ser preservada por um período prolongado. O índice de inflação (IPCA), de julho,  servirá como termômetro para decisões futuras.

Já nos Estados Unidos, a faixa de juros segue entre 4,25% e 4,50%, mas a decisão foi marcada por divergência interna. Dois membros do comitê votaram pela redução, o que acendeu um alerta sobre possíveis mudanças no cenário futuro.

A economista Tatiana Pinheiro destaca que, no caso americano, a decisão de cortar juros vai depender diretamente do comportamento da inflação nos meses de julho e agosto. “Se os dados vierem melhores do que o esperado, existe a possibilidade real de que o Fed antecipe um corte já em setembro”, diz.

Além disso, a especialista chama atenção para o início da vigência do Tarifaço no Brasil, em 1 de agosto, que teve sua lista de produtos sujeitos à alíquota de 50% significativamente reduzida. Entre os itens retirados estão laranjas, peças e partes de aeronaves e combustíveis. Todos são relevantes na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos.

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