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08/05/2025
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Jonathan reconstrói a vida e inspira esperança no Rio Grande do Sul

Tragédia das enchentes tirou sua casa, mas não sua força: voluntário do Gente Grupo ajuda outros enquanto enfrenta seu próprio recomeço

Neste mês, completa-se um ano desde que o analista de suporte da área de Tecnologia da Informação (TI) do Gente Grupo, Jonathan Machado, se uniu a outros voluntários para ajudar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Durante quatro dias seguidos, das 8h às 18h, ele esteve na orla do Rio Guaíba recebendo barcos com adultos, crianças, idosos e até animais — todos desalojados, sem rumo, após perderem tudo nas águas que devastaram cidades, principalmente na Região Metropolitana de Porto Alegre e no Vale do Taquari. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas; muitas perderam a vida.

1 Ano das Enchentes RS – Depoimento Jonathan – Maio/25

Antes mesmo de começar a ajudar, Jonathan já havia se tornado vítima. Sua casa, localizada na Ilha Pintada, bairro Arquipélago, em Porto Alegre, foi completamente tomada pela água. O nível chegou a três metros de altura, destruindo tudo em uma residência de quase 200 metros quadrados. “Perdi carro, móveis, eletrodomésticos e até as fotos da minha família. Fiquei com uma mochila com duas calças e três blusas”, relembra.

A tragédia pessoal o motivou a se unir a outros voluntários na organização da chegada e saída dos barcos, resgatando mais pessoas atingidas pelas enchentes.
“Chegava gente de tudo quanto é lugar. Todos nas mesmas condições, sem teto, sem rumo, precisando do apoio de anjos”, conta.

Hoje, Jonathan vive em uma casa alugada. Contou com a ajuda da empresa onde atua por 10 anos, o Grupo Gente, recebendo o auxílio aluguel pelo período doze meses. A área onde morava não será mais destinada a residências, conforme orientação das autoridades. Ele aguarda a liberação dos recursos federais destinados às vítimas da tragédia ocorrida entre o fim de abril e o início de maio de 2024.

As chuvas cessaram, a água baixou, mas a vida dos atingidos mudou por completo.

Aos 38 anos, Jonathan relembra os 22 que passou no conforto da casa própria, com quintal, piscina, churrasqueira e a convivência com vizinhos e amigos de sua mãe, já falecida, no entanto, muito conhecida no bairro onde vivia. “Perdi minha casa, o contato com a vizinhança, com os amigos de infância. Vivo um recomeço, amparado por ter um trabalho fixo no Grupo Gente. Outros amigos, vítimas como eu, nem isso tinham naquela época”, explica.

 

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