DPVAT
Foto: Seguradora Líder | Texto: David Ferrari
17/11/2020
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Já são quase 100% das seguradoras que pretendem deixar a Seguradora Líder e o Consórcio DPVAT

Aliança da Bahia, Assurant, Cescebrasil e Dayprev também pedem para sair

A queda do patrimônio líquido da Seguradora Líder chega próximo dos 100%. A debandada das companhias seguradoras que atuam no consórcio DPVAT teve início quando o Ministério Público Federal pediu à Justiça o bloqueio de R$ 4,4 bilhões da Seguradora Líder DPVAT, no início de setembro, acusando a empresa de leniência com fraudes na obtenção de seguros e maquiagem nas projeções de sinistros. Segundo as regras do consórcio DPVAT, as empresas tinham até o dia 02 de outubro para manifestar o interesse em deixar a participação acionária a partir do dia 1º de janeiro do próximo exercício.

Cada saída incentivava outra e, oficialmente, já são quase 100% do patrimônio líquido das seguradoras integrantes que não farão mais parte em 2021. Agora, outras quatro empresas manifestaram desejo de deixar a Seguradora Líder, e, apesar de ter terminado o prazo, devem estar fora também no próximo ano. A Cia de Seguros Aliança da Bahia possui atualmente 1,50% da Seguradora Líder e 1,15% do consórcio DPVAT; a Assurant Seguradora detém 1,41% do consórcio; a Cescebrasil Seguros de Garantias de Crédito possui 1,31% da Seguradora Líder e 0,97% do consórcio; e a Dayprev Vida e Previdência representa 1,36% na Seguradora Líder e 1,02% no consórcio. Juntas, correspondem a 4,575% de participação no consórcio do DPVAT e 4,184% da Seguradora Líder, chegando quase a 100%.

A Seguradora Líder publicou convocação de Assembleia Extraordinária das Consorciadas, que acontecerá no próximo dia 24 de novembro, às 11h, de forma online, em link de acesso exclusivo às associadas. Na pauta, a discussão sobre a apresentação de pedido de retirada do consórcio por parte de consorciadas representando percentual superior ao previsto no artigo 12.11 do Instrumento de Consórcio; e caso não seja aprovada a aplicação da regra de saída estabelecida, ou aceita eventual proposta alternativa, a deliberação acerca da dissolução do Consórcio.

Com a saída de quase 100%, naturalmente o caminho para a operação do DPVAT será a livre concorrência, com a atuação das companhias e corretores interessados, como acontece em qualquer outro produto de seguro.

Espera-se agora que os atuais dirigentes, que eram pessoas eleitas pelo Grupo A e B, tenham a dignidade de pedir demissão.

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