Uma fraude milionária contra o Seguro DPVAT é alvo de uma operação da Polícia Civil no Paraná. São cumpridos 21 mandados judiciais em Umuarama, na região noroeste. Ao todo 9 pessoas devem ser presas – 6 de forma temporária e 3 de forma preventiva, quando não há prazo para soltura.
O delegado Gustavo Mendes Marques de Brito, coordenador da Divisão de Combate a Corrupção no Paraná, explicou como funcionava o esquema. Conforme o delegado, a investigação se estendeu por cerca de 5 meses, após denúncias.
A quadrilha também adulterava laudos emitidos pelo IML referente a lesões corporais causadas em acidentes de carro, segundo as investigações.
O grupo agia com o intuito de conseguir possíveis acidentados para aplicar o golpe. Do total de indenizações fraudulentas, 82 eram idênticas e possibilitaram o início das investigações.
Além das ordens de prisão, 12 mandados de busca e apreensão são cumpridos na região noroeste do Paraná. Os policiais fazem buscas em endereços residenciais e escritórios supostamente usados para as fraudes. As investigações já teriam identificado centenas de indenizações pagas de forma ilegal.
Do IML, além do diretor Castelar Paulino Rodrigues, foi presa uma funcionária terceirizada, que agendava as perícias. Também foram detidas duas pessoas do escritório que fazia assessoria local e um funcionário do hospital. Conforme o delegado, este funcionário recebia um valor fixo (uma espécie de salário) para fazer a adulteração dos prontuários médicos. A investigação ainda aponta que o seguro era recebido pela vítima do acidente, mesmo com a fraude. A prática era de colocar 30%, em média, a mais no valor, que era devolvido ao escritório, responsável por ratear o dinheiro entre os envolvidos no crime.