A Polícia Civil realizou uma operação na manhã desta terça-feira (15) para desarticular um esquema de fraude em procedimentos realizados ilegalmente no sistema informatizado do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul. Segundo o delegado que investiga o caso, Max Otto Ritter, um ex-credenciado do Detran-RS estaria usando a senha de um funcionário, em horário fora de expediente, parar alterar, incluir e fazer a transferência de cerca de 322 veículos.
A polícia estima que o prejuízo passe de R$ 450 mil em pagamentos que deixaram de ser efetuados, em títulos de infrações, seguro DPVAT, licenciamentos e IPVA.
Três pessoas foram presas em cumprimento a mandados de prisão temporária em Porto Alegre e Santo Antônio das Missões. Conforme a polícia, os mandados visam os principais alvos do esquema. Uma pessoa, que não foi encontrada pelas autoridades, está foragida.
Outros 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Canoas, Bento Gonçalves, Flores da Cunha, São Luiz Gonzaga, Santiago, São Borja e na capital gaúcha.
A investigação aponta para diversas alterações fraudulentas, como mudanças de proprietários, alterações de endereços de entregas dos documentos veiculares, mudanças de numerações de chassis; reativações de veículos baixados, alterações de números de motor e renavam, liberações para uso de diesel, liberações de restrições administrativas, e transferências de veículos de pessoas mortas.