coluna Fique de Olho, economista da Galapagos Capital , Tatiana Pinheiro
Economia
23/07/2025
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Despesas no exterior com cartão de crédito ficam mais caras com novo IOF de 3,5%

Em análise exclusiva para a newsletter UrGente News, economista da Galapagos Capital comenta impacto da medida e os destaques econômicos da semana no Brasil e no mundo.

Na nova edição da coluna Fique de Olho, uma parceria da plataforma UrGente com o Gente Grupo, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, comentou os principais acontecimentos que movimentaram a economia na última semana.

Entre os destaques está a decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve o decreto do governo federal sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Com isso, algumas despesas internacionais passam a ter um custo maior. As compras feitas com cartões de crédito internacionais, por exemplo, passaram de 3,38% para 3,5% de IOF. O mesmo vale para cartões de débito usados em viagens, compra física de moeda estrangeira e remessas de dinheiro para o exterior. A compra de moeda em espécie e as remessas ao exterior, que tinham IOF de 1,1%, também passaram para 3,5%, um aumento significativo em relação aos valores anteriores.

Ou seja, o IOF foi unificado para todas essas operações a uma alíquota de 3,5%, tornando as despesas no exterior mais caras.

Investimentos do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) também passam a pagar IOF de 5% para valores acima de R$ 600 mil. Já operações de crédito para empresas tiveram um aumento pequeno na alíquota. Por outro lado, o financiamento de empresas para seus fornecedores continua isento do imposto.

No cenário internacional, a China abriu a semana com expectativa sobre a decisão de juros. A previsão é que o país mantenha as taxas atuais por enquanto, já que o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre cresceu 5,2%, acima da meta do governo.

Na Europa, o Banco Central Europeu pode cortar os juros de 2% para 1,75%, já que a inflação está dentro da meta e a economia do continente segue enfraquecida. A decisão e o tom da fala da presidente Christine Lagarde serão acompanhados de perto.

No Brasil, a atenção da semana está voltada para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de julho, que será divulgado nos próximos dias. A expectativa é de uma inflação de 0,30%, um pouco acima de junho, mas ainda dentro do caminho para atingir a meta anual de 3%.

Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, participa de uma conferência, mas, por estar no chamado “período de silêncio”, não deve comentar sobre política monetária antes da próxima decisão de juros.

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