Economia
16/07/2025
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Alta nas tarifas dos Estados Unidos pode travar exportações brasileiras, alerta economista

Tatiana Pinheiro, da Galapagos Capital, analisa impactos da medida e os sinais de desaceleração da economia global e brasileira

Na coluna Fique de Olho, da UrGente em parceria com o Gente Grupo, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, analisa os principais dados que movimentaram a economia na semana, começando pelo aumento para 50% na alíquota de importação dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

Segundo ela, a medida prejudica a competitividade do Brasil em um dos seus principais mercados. Os Estados Unidos (EUA) são o terceiro maior parceiro comercial do país, responsáveis por 12% das exportações brasileiras, o equivalente a US$ 40 bilhões no ano passado. Setores como combustíveis, aço, café, máquinas e aviação estão entre os mais afetados.

Tatiana Pinheiro alerta que metade das exportações brasileiras para os EUA podem ser comprometidas, impactando o faturamento, a lucratividade e os investimentos nesses setores. Em contrapartida, o redirecionamento dos produtos ao mercado interno pode ajudar a frear a inflação.

Ainda sobre inflação, o IPCA de junho indicou que a taxa acumulada no primeiro semestre foi de 5,35%, acima do teto da meta de 4,5%. O Banco Central divulgou uma carta explicando os motivos, como alta na demanda, câmbio depreciado e efeitos climáticos. A expectativa é que a inflação retorne à meta apenas no primeiro trimestre de 2026, graças ao atual ciclo de juros elevados.

Entre os dados econômicos mais relevantes para os próximos dias, destaque para a divulgação da inflação nos Estados Unidos (CPI), que costuma influenciar os preços de mercado; as falas de membros do comitê do Federal Reserve (FOMC); o IBC-Br, prévia do PIB brasileiro, que deve mostrar uma leve retração e confirmar a desaceleração da economia no segundo trimestre; além do PIB da China, cuja projeção é de crescimento de 5,1%, alinhado à meta anual do país.

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