Um homem de 36 anos espancou e matou a esposa de 34 anos e, em seguida, alegou que a mulher teria caído de moto e tentou receber dinheiro do seguro DPVAT. Estes são os detalhes que a Polícia Civil de Minas Gerais divulgou à imprensa dias atrás. O homem foi localizado na Estrada da Produção, em Montes Claros, no Norte do estado. Segundo a PC, Vilmar Rodrigues Soares tinha o costume de agredir a esposa. Ele foi preso após confessar o crime para o cunhado.
“Através dos depoimentos de testemunhas nós comprovamos que ela vinha sendo agredida há muito tempo com agressões graves e temos um áudio, onde ele conversou com o irmão da vítima e […] confessou as agressões anteriores, em uma delas, ela chegou a colocar uma placa na coluna”, informou a delegada da Delegacia da Mulher de Montes Claros, Karine Costa Maia, conforme relata o portal de notícias WebTerra.
Após a agressão – prossegue a delegada – a mulher foi para casa de uma amiga e passou a noite lá, no dia seguinte ela foi levada para o hospital pelo próprio autor da agressão, que o tempo inteiro esteve ao lado dela e sempre alegando que havia caído de moto, que ele estava ensinando ela a pilotar. “Nós temos imagens dele o tempo inteiro acompanhando ela. Já na terceira vez que ela foi ao hospital, acompanhada dele, ficou internada, foi submetida a cirurgia, mas ela teve uma hemorragia interna muito forte e não teve jeito”, relata Karine Maia.
De acordo com a reportagem, após idas e vindas ao hospital, a vítima não resistiu e faleceu e o homem tentou dar entrada no seguro, mas faltava alguns documentos, como a certidão de óbito.
“Na data em que ela veio a óbito, ele fez o boletim de ocorrência alegando que ela havia caído de moto e chegou a procurar os órgãos para pedir o seguro. O objetivo era conseguir mudar a versão do ocorrido e receber o dinheiro. Ele diz estar arrependido, mas alega que ela sabia que estava errada, que jogou água e puxou a camisa dele”, conta a delegada.
O homem responderá por homicídio qualificado que é o feminicídio e também pela falsidade ideológica, já que fez o boletim falso. A moto do homem foi periciada e comprovou que não há nenhum dano.