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21/12/2020
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A Virtude do Egoísmo

Se tiver que escolher entre salvar a vida da sua esposa ou a de cinquenta estranhos, quem você salvaria?

Na ética do altruísmo nos deparamos com uma inversão elementar: o outro (ou o interesse do outro) é prioridade para mim, eu não sou a prioridade. Os efeitos são dramáticos: um industrial que produz uma fortuna e um gangster são considerados igualmente imorais, porque eles são “egoístas”. O bandido ou o empresário empenhado são, ambos, “egoístas”, logo, segundo parecer altruísta, merecem imediata reprovação.

Com esta forma de pensar, não sem efeito, criamos uma casta de seres humanos que celebram a derrota ou a infelicidade, não como possibilidade, mas como realidade concreta, frequentemente “desejada” como símbolo de uma forma estranha de desapego ou de suposta compaixão (que nada mais é do que servidão maquiada). O que se pede na visão altruísta é: se tiver que escolher entre salvar a sua esposa, a quem você ama, ou salvar a vida de cinquenta estranhos, pelos quais você não nutre qualquer particular forma de afeto, salve os estranhos.

Na ética autointeressada do Objetivismo, as dinâmicas correm de modo diverso: um pai que se joga na frente de um carro para salvar o filho, não o faz por motivo altruísta ou reconhecimento heroico. Isso não é, para ele, um ato de “sacrifício”. Ele o faz por integridade moral, por motivação egoísta, por interesse próprio, por valores racionalmente calculados – lembro que valores são aquilo pelo que alguém age para obter e/ou manter o mais alto critério moral de existência: sua própria vida.

A virtude envolvida em ajudar seus entes queridos não é, insiste Rand, “abnegação” ou “sacrifício”, mas integridade. Integridade é lealdade às suas convicções; é o agir de acordo com seus valores, expressá-los, defendê-los e traduzi-los para a realidade fática.

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